Você poderá ser generoso para as pessoas ao seu bel-prazer. Não importe o que pensem. Afinal, generosidade é qualidade que poucos têm. Poderão até achar que você é mão aberta, perdulário, louco ou o que for, mas se tiver que dar para alguém o que lhe sobra, não titubeie.
Portanto, aquelas roupas, que embora boas, você nunca usa, doe-as. Aqueles livros, já lidos, que estão ocupando espaço na estante; aquele par de sapato que aperta os seus dedos, doe-os. Faça uma reciclagem, de tempos em tempos, em sua vida. Você vai se sentir bem; muito mais leve. Carregar tranqueira? Para quê? O mundo está cheio de pessoas precisando do que você guarda sem precisar.
Costumo presentear livros. Muito embora sejam vendidos nas livrarias, sinto um prazer enorme dando-os. Hoje, domingo, saí de casa para ir ao Shopping Paulista. Levei quatro livros para liberalidade. Uma senhora cadeirante, na rua, sorriu para mim. Perguntei: você lê romance? Disse que sim. Ofertei o primeiro. Ela seguiu feliz. Parei na Casa das Rosas na avenida Paulista e duas senhoras que estavam ali me cumprimentaram. Outros dois foram ofertados. E, por fim, mais um, no shopping.
Perguntei para uma vendedora de loja: você conhece algum escritor de romance? Ela pensou e disse: não! Então está conhecendo um. E mais: vai ganhar um livro. Foram momentos de descontração. Todas tiveram reações agradáveis. Ficaram felizes. Eu também. Dar presente é bom para quem dá e para quem recebe.
Com isso pude observar que as pessoas comuns, na maioria, nunca tiveram a oportunidade de conhecer um escritor. Quando digo para elas que sou escritor, se surpreendem. Uma moça, a Sônia, do Shopping Paulista, disse que nunca tinha visto pessoalmente um escritor. E mais: poder pegar na mão e ganhar um livro autografado pelo próprio era fato inusitado.
Pratique generosidade.
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Sacrifica o dinheiro por um irmão e amigo e não o escondas debaixo de uma pedra para ficar inútil (Eclesiástico 29:13).
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