sábado, 28 de abril de 2018

MANTENHA-SE CALMO NA TEMPESTADE

Fui menino de fazenda e morei em casa de madeira. Quando vinha uma tempestade minha mãe tomava logo as providências: colocava as crianças, e éramos três, debaixo de uma forte mesa de madeira construída por meu pai. Se a casa caísse, certamente escaparíamos. Mas, tomava outras medidas: cobria o espelho do guarda-roupa para não atrair raios e, no oratório, pegava a imagem de Jesus.

A imagem era o escudo. Mantendo-se calma, embora em perigo, rezava fervorosamente para afastar a chuva brava. E, como que por milagre, a tempestade acalmava. Era uma mulher de fé e não se descabelava por pouca coisa. Forte, como uma rocha, teve dez filhos e os criou. Ela sabia, mais do que ninguém, da força da oração. Certo é que a oração produz dois efeitos fantásticos. O primeiro é manter a calma. Sem dúvida ela tranquiliza. O segundo é atacar em cheio a coisa visada. Deus nunca fica impassível diante da oração.

A história está repleta de casos verídicos em que a oração produziu efeitos incríveis. E, na aflição, não há outro melhor remédio. É a única forma que você tem para resistir a uma grande dor. O próprio Jesus passou em oração as horas que antecederam a sua prisão. "Apareceu um anjo do céu, que o fortalecia. Jesus orava com mais insistência. Seu suor tornou-se como gotas de sangue que caíam no chão" (Lucas 22:43 e 44). Depois, resignou-se. Deu sua vida, em grande martírio, para nos salvar. Foi para isso que veio à Terra.

Na vida de toda pessoa há momentos difíceis. Você pode até pensar que vai sucumbir. Mas, mantenha-se calmo; sempre tem uma saída. Evite gritar, praguejar, revoltar-se ou por a culpa nos outros. Seja manso e calculista. Procure medir o tamanho da crise, do perigo. Tenho um amigo que diz: "O diabo pode não ser tão feio quanto parece". Costumamos fazer tempestade em copo de água.

De resto, saiba que ao superar uma dificuldade, você se fortalece. A árvore da colina suporta as intempéries; o vento, as tempestades. É isso que a torna forte. Seja, pois, como a árvore da colina. Resista às dificuldades com calma. Seja firme e perseverante, não se desviando do rumo. Você vencerá todos os problemas. Tenha certeza disso.

Mantenha-se calmo na tempestade. 


domingo, 15 de abril de 2018

NÃO SEJA INCRÉDULO

Quando eu era adolescente, em São Paulo, para sobreviver e custear os meus estudos, já que tinha vindo do interior e morava em pensão, passei a vender livros. Vendia coleções de autores famosos: Shakespeare, Alexandre Dumas, Eça de Queiroz, Machado de Assis e outros. Dentre estes, de H. G. Wells, a História Universal, em dez volumes. Além de historiador, Wells, era romancista famoso. Autor de "A Guerra dos Mundos"; "A Máquina do Tempo"; "O Homem Invisível" e outras obras notáveis. Sem dúvida, um brilhante ficcionista. Viveu nos tempos modernos (1866-1946), quando já existia o avião, o rádio, a luz elétrica e outros inventos.

Mas, Herbert George Wells, esse festejado intelectual, não acreditava em Jesus. Dizia: "Esse homem, nunca existiu!". Para encontrar falhas e incoerências, foi ler os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. Visava desmistificá-los. Pretendia convencer a todos que Jesus era uma lenda, uma ficção. E não seria difícil, face ser um respeitável escritor.

Ocorre que, durante seus estudos do Novo Testamento, se apaixonou por Jesus e, ao terminar, de joelhos, chorando, pediu perdão a Deus e entregou sua vida ao Mestre de Nazaré. Wells, finalmente, escreveu: "Os quatro evangelistas, todos eles, dão-nos o retrato de uma personalidade muito bem definida, obrigando-nos a dizer: Este homem existiu. Isso não pode ser invenção". Rendeu-se, pois, às provas. São quatro testemunhas insuspeitas, dizendo pura verdade: "Jesus é filho de Deus".

Porém, deve-se ressaltar que a incredulidade é própria do homem. Até João Batista, aquele que batizou Jesus no rio Jordão, e viu o Espírito Santo descer sobre Ele em forma de pomba, teve dúvida e mandou dois mensageiros perguntar-lhe se era Ele mesmo o Messias. Naquela ocasião, Jesus havia feito muitos milagres e deu em resposta: "Ide contar a João o que vistes e ouvistes: cegos recuperam a vista, paralíticos andam, leprosos são purificados e surdos ouvem, mortos ressuscitam e a pobres se anuncia a Boa Nova. E feliz de quem não se escandaliza a meu respeito" (Lucas 7:22 e 23).

Diante de tantas evidências, não devemos ser incrédulos. Devemos nos render às provas claras, cristalinas. Jesus é o Messias, filho de Deus. Melhor dizendo: É o próprio Deus. Eis o mistério da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Três pessoas e um único Deus. Compete, pois, a você acreditar e, acima de tudo, obedecer a Lei Maior: "Amar a Deus sobre todas as coisas, de todo o seu entendimento e de todo o seu coração e ao próximo como a si mesmo". Esta é a razão de nossa existência. O sentido da vida.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

SEXTA-FEIRA TREZE

Encontrei uma amiga no clube em São Paulo, que de há muito não via. Perguntei do que andava cuidando. Deu-me um cartão, onde lia-se: PAULA CAMPOS - Astróloga e Quiromante. Isto é, consulta os astros e lê a mão. Disse-me que seu consultório está sempre cheio e que só atende com hora marcada. Certamente, uma profissão milenar. Em outros tempos, de ciganos.

Você já deu a mão para uma cigana? É supersticioso? Costuma dar três pancadinhas na madeira para escapar do azar? Não passa debaixo de escada? Não gosta de gato preto ou de sexta-feira 13? Se assim age, saiba que faz parte da maioria das pessoas. A superstição acompanha o homem desde os primeiros tempos. Ela faz parte da cultura de todas as civilizações.

A superstição de números é universal. Na Europa, poucos edifícios têm o 13º andar. Os construtores pulam do 12º para o 14º. Muitas aeronaves não têm a poltrona 13. Mesmo no Brasil, os últimos apartamentos a serem vendidos são os do 13º andar. O medo do 13 está, provavelmente, ligado à crença religiosa, posto que, Judas, traidor de Jesus, foi o número 13 à mesa da Santa Ceia, por ter chegado atrasado.

Quando o número 13 é associado a uma sexta-feira, o azar é aumentado. Eva comeu a maçã numa sexta-feira e, com Adão, foram expulsos do Paraíso. Caim matou Abel numa sexta-feira. O Dilúvio Universal teria começado nesse dia. E não é só. Cristo foi crucificado numa sexta-feira.

Derramar sal, passar debaixo de escada e cruzar no escuro com gato preto são, também, coisas evitadas. Mas, é bom evitar as superstições. Elas não são coisas boas. Procure cuidar de tudo o que é bom e virtuoso, embora isso nem sempre seja possível. Até Salomão, o grande rei, pecou quando, para agradar suas mulheres, mandou fazer altares para outros deuses. De resto, a Bíblia condena consultar adivinhos. "Não recorrais aos que evocam os espíritos, nem consulteis os adivinhos, para não vos tornardes impuros. Eu sou o Senhor vosso Deus" (Levítico 19:31).