domingo, 28 de dezembro de 2014

Oratória: Uma bela arte esquecida

 
Fiz, recentemente, um curso de oratória, realizando um velho sonho. O curso, patrocinado pela Associação Comercial de São Paulo e União Brasileira de Escritores, é gratuito. Ministrado pelo professor João Meireles Câmara, advogado criminalista e orador de reconhecidos méritos, tem a  colaboração de outros notáveis professores: Robson, Humberto e Sueli Carlos.
          Embora gratuito e amplamente divulgado, inclusive pela internet, não tinha mais que uma dúzia de alunos, num auditório para duzentos. Não sei por qual razão as pessoas fogem da oratória como de cobra. Fugir de cobra é justificado. Ela pode levar a pessoa mordida ao óbito. Mas ninguém morre por falar em público.
          A nobre arte de Cícero e de Demóstenes está, de há muito, esquecida. Deveria ser matéria curricular em faculdades de Direito, de Filosofia e de Letras. Isso, entretanto, não ocorre. É de lamentar.
             O Dr. Câmara, um homem octogenário, pertencente à Comissão Diretora do Mutirão Cultural da UBE, tem muito conhecimento acerca da nobre arte. É escritor de livros no gênero e um entusiasta da matéria. Seus discursos são eloquentes e lembram os oradores gregos e romanos. É um clássico. Mas o que muito me valeu foram as técnicas ensinadas: de postura corporal, de tonalidade vocal e vícios de linguagem. O é é é etc. Também como evitar o "branco".
         A oratória é necessária para o desenvolvimento intelectual das pessoas. Para o sucesso. Portanto, não só para falar em público. Útil, para desenvolver qualquer raciocínio, com início, meio e fim. Assim, torna-se importante, não só para o advogado e o professor. Qualquer um de nós quer ser ouvido com prazer, e isso se consegue através das técnicas de oratória.
              No final fui eleito, pelos componentes do grupo, o orador da turma. Ser orador na conclusão de um curso é tarefa difícil; mais ainda se de oratória. Entretanto, procurei honrar a escolha da melhor maneira. E, pelas palmas, senti que agradei.
             Recomendo, pois, a você leitor, um bom curso de oratória e esse que fiz é um deles. Serve, também, para tirar inibições e dar autoconfiança.

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                             "Sonhar é partir do nada para um mundo de coisas" - JMG

                                                email: j.mouragomes@bol.com.br

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Maitê Proensa com mais um livro

 
Fui com Nileide, minha mulher, na livraria cultura, em São Paulo, no lançamento do livro "Todo vícios" de Maitê Proensa. Seu 4º livro. Havia fila para autógrafo. Enquanto esperávamos, de pé, fomos atendidos pelo garçom, que passava com deliciosos petiscos e vinho. Quase não vimos o tempo passar. Logo estávamos entregando-lhe o livro para ser autografado. O autógrafo foi apenas o desenho de um enorme coração, que tomou a página inteira. Ela deu o coração a todos. Achei muito original. Nós, escritores, em geral, temos que ficar esquentando a cabeça, na hora de autografar um livro, procurando palavras bonitas, para impressionar o leitor. Maitê não. Resolve a questão em segundos. Afinal, desenhar um coração não é tão difícil. E nem raciocinar precisa.
       Maitê é assim: diferente. Dinâmica, faz mil coisas. É atriz, dramaturga, apresentadora, comentarista de futebol, colunista, romancista e ainda tem tempo para os amigos. Fala bem o inglês e arranha outros idiomas. Viveu no exterior e aprendeu a se virar sozinha. Mas nem sempre viveu só. Tem uma filha, Maria, advogada, de 24 anos. Maria seguiu a carreira jurídica, talvez, por influência do avô materno: ele era promotor de justiça.
            Entretanto, o que mais me fascina em Maitê Proensa é o seu jeito de reinventar a vida; de superar infortúnios. De dar a volta por cima. Basta dizer que sua vida familiar foi marcada por tragédias. Quando tinha apenas 12 anos de idade, ocorreu a primeira: o assassinato da mãe, pelo pai. A superação de desventura é um traço de personalidade de poucos. Chama-se isso: Resiliência. Uma ciência nova, ligada à psicologia.
              Mas, voltando ao livro, tenho a dizer que é uma história de amor, narrada no cenário paulista e carioca. Tem a ponte aérea como ligação e as mensagens de celular como o principal meio de comunicação. Os personagens falam especialmente pelo SMS. É, pois, um romance moderno, não escapando à Cracolândia, onde, estranhamente, os personagens vão passear e falam dos tempos em que eram consumidores de drogas. 
            A história é simples; do cotidiano. Envolve uma atriz Stella, com um árabe radicado no Brasil, João. Ela mora no Rio e trabalha em São Paulo nos fins de semana, encenando uma peça de teatro. Tem muito a ver com sua vida real. O leitor até imagina ser ela própria. Apenas, com nome trocado.
                O que também me encanta em Maitê, é sua garra. Sua força de vontade. Quando tem uma meta, vai em frente, mesmo quebrando a cara. E, acerca de suas muitas atividades, diz que Leonardo da Vinci, também tinha. Era cientista, escultor, pintor, inventor, conselheiro do rei e cenógrafo. Ela abraça de frente o trabalho. E pontifica: "Quando nos sentimos produtivos, não tem como ficar deprimidos. O entusiasmo é revigorante". Nisso está certa. No meu livro "Como Eliminar Preocupações e Ser Feliz" recomendo o trabalho como uma das formas de terapia. O trabalho é bom. Acaba com a angústia.

"A vida é pequena, mas nela cabe o universo inteiro" - JMG

                 
            

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Pensando na Criança e no Estatuto


 

 Escrevi o livro "Pensando na Criança e no Estatuto", quando exercia o cargo de Promotor de Justiça, Coordenador das Promotorias de Justiça da Infância e da Juventude do Estado do Piauí. Foram 5 anos de grande crescimento nas relações humanas. Notadamente dedicando-me aos meninos e meninas de nosso Piauí e, também, de todo o Brasil, participando de congressos e simpósios.
         Eu havia me apaixonado pela causa. Procurei, com a ajuda dos promotores, criar conselhos tutelares em todo o Estado. E mais: procuramos desenvolver as campanhas: Lugar de Criança é na Escola; Criança Sem Fome e Proibição da Venda de Bebidas Alcoólicas à Criança e ao Adolescente.   
          Não foi só. Atendia, diariamente, no gabinete, muitas mães que queriam o reconhecimento da paternidade de seus filhos. Centenas de casos foram solucionados. Mas, tive alguns dissabores. Quando, com a polícia, fechamos a "Mansão dos Prazeres", localizada em área nobre da capital, onde havia exploração sexual de adolescentes, sofri pressão. Muitos figurões da sociedade frequentavam aquele local e temiam a divulgação dos seus nomes. 
         Ainda, sofri pressão, quando procurei fazer valer a Constituição brasileira, que manda ser gratuitos o registro de nascimento e de óbito. Os cartórios de todo o Estado achavam não poder sobreviver sem os valores correspondentes. Por fim, com infindáveis reuniões, conseguimos fazer valer a lei maior. Felizmente, em todos esses casos, contei com o apoio do Procurador Geral de Justiça.
             Na verdade, o livro "Pensando na Criança e no Estatuto", tem o mérito de despertar no leitor o interesse pela causa dos meninos e meninas. Visa, sobretudo, despertar as pessoas mostrando que a questão das crianças e dos adolescentes tem prioridade absoluta e a defesa dos seus direitos é dever da família, da sociedade e do estado.
             As questões suscitadas no livro, às vezes chocam, como a descrita sobre a menina Maria, de 9 anos de idade, sem registro de nascimento, sem escola, vivendo numa casa de periferia, sem saneamento básico e fazendo as necessidades fisiológicas atrás da moita, com moscas varejeiras a rondar as fezes; a de Joãozinho, passando fome nas férias, por falta da merenda escolar. Ainda, o drama da "Menina Vampiro", que matou a tia e a priminha, a golpe de machado, para beber o sangue.
          São casos reais, retratados no livro, aparentando ficção. Além disso, traz pensamentos e poesias e, por fim, o Estatuto. Vale a pena tê-lo. Mormente quem atua na área da criança.
        Verdade  é que, histórias de criança sempre me sensibilizaram. Recentemente, fui aluno de Abílio Diniz, que se notabilizou como fundador do Grupo Pão de Açúcar, no Curso de Liderança 360 graus, da Escola de Administração de Empresas São Paulo, da FGV. Ele disse, em sala de aula que esteve em Barcelona e, após um jogo, foi visitar Neymar no seu apartamento. Levou seu filho Pedro de 5 anos. E, na conversa, Neymar disse que irá se dedicar à causa da criança. Pretende ter uma fundação.
          O Abílio contou também que seu filho quer que ele faça uma tatuagem no braço com a imagem do marinheiro Popeye, comendo espinafre. Pensei: será que ele vai atender o pedido do filho? Provavelmente sim. Abílio é autor de muitas proezas. Um homem que pensa alto. Tornou o Grupo Pão de Açúcar, uma das maiores redes varejistas de supermercado do mundo. Agora enfrenta outros desafios com a BRF, inclusive com filial nos Emirados Árabes, atuando em diversos países. Tem muito a ver com o marinheiro Popeye. Ambos são heróis. 

PS: Após escrever este artigo tomei conhecimento de que Neymar, ontem, 23 de dezembro, inaugurou no litoral paulista, o Instituto Projeto Neymar Jr., em grande festa. Sucesso Neymar!

DESEJO AOS MEUS LEITORES FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO, COM MUITA PAZ, SAÚDE E PROSPERIDADE.
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domingo, 21 de dezembro de 2014

Liderança 360 graus - Abílio Diniz - FGV

O escritor José Moura Gomes, concluiu neste último semestre de 2014, o curso de Liderança, ministrado pelo empresário e também escritor, Abílio Diniz, na Escola de Administração de Empresas São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas. Os dois tiveram um encontro memorável. O aluno, dois anos mais velho que o mestre, o deixou emocionado. Mais ainda, por ser, Moura Gomes, Promotor de Justiça aposentado e escritor; o que comprova que "nunca é tarde para aprender".

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Domine outro idioma

Você deve dominar outro idioma além do seu. Nunca se sabe quando surgirá a possibilidade de usá-lo profissionalmente. Uma nova oportunidade de vida. Se Pinheiro Neto não falasse fluentemente o inglês, não teria conseguido transformar sua organização jurídica, Pinheiro Neto - Advogados Associados, hoje com mais de seiscentos advogados, na maior do Brasil. É que toda firma inglesa que desejava se instalar neste país, o procurava.
           Meu primeiro emprego foi numa siderurgia em Corumbá (MS), quando eu contava dezesseis anos de idade. Por ali apareceu o Arnaldo, um jovem negro, alegre, simpático. Havia chegado do Rio de Janeiro, mandado por um sócio da empresa, para exercer a função de auxiliar de almoxarifado. O Arnaldo era morador de favela no Rio. À procura de melhores condições de vida foi para aquela cidade distante, à margem do rio Paraguai, fronteira com a Bolívia. Como eu, ele desejava vencer na vida. 
         Numa tarde quente, de sol abrasador, parou na frente do almoxarifado um jipe enorme. Seu condutor, um geólogo americano de estatura exageradamente alta, de roupa cáqui com chapéu de caçador de elefante, sem esboçar sorriso desceu do veículo e quis saber qual de nós poderia acompanhá-lo. Surpreendentemente, o Arnaldo deu três passos à frente e entabulou com o americano uma conversa que jamais entendi. Falava inglês fluentemente. Seguiram para os Morros do Urucum, onde o geólogo tiraria amostras de minério de ferro e manganês. O americano permaneceu em Corumbá aproximadamente um mês e quando voltou para a América fez questão de levá-lo. 
           Uma semana antes de partirem eu me encontrei com o Arnaldo. Ele era só felicidade. Perguntei como havia aprendido o inglês. Disse que procurou a melhor escola de línguas de Copacabana e fez um trato com o dono. Ele limparia as salas após as aulas noturnas e, em contrapartida, assistiria às aulas que desejasse. O negócio foi fechado e em pouco mais de um ano estava dominando o idioma. 
               Disse também que para melhorar a pronúncia procurava os americanos na praia e se oferecia para  favores: buscar coca-cola, água mineral e coco gelado. Isso lhe rendia alguns dólares.
                Veja que quem quer, sempre dá um jeitinho. "Querer é Poder".
             

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Como alcançar o sucesso

Como ter a certeza de ser bem-sucedido na vida? No trabalho, na família e na sociedade? Eis a questão! Milhões de pessoas, em todo o mundo, procuram uma fórmula mágica. Vasculham as livrarias procurando obras de autoajuda que lhes mostrem o melhor caminho e se enchem de teorias. Porém, o sucesso é como a felicidade: pode estar bem próximo de nós e não a vemos. Não adianta procurar a felicidade na linha do horizonte, porque, quanto mais andamos no seu encalço, mais ela se distancia. 
         Tenho para mim que o sucesso deve ser conquistado passo a passo. Na verdade ele já existe em você desde a concepção. Ter nascido ser humano já é um grande passo. Você poderia ter nascido leão, paca ou juriti. Até mesmo, cobra, sapo ou lagarto. Mas não! Você nasceu de uma mulher, como Maria, mãe de Deus. Foi por ela amado e nos seus seios amamentado. Não importa se nasceu numa manjedoura ou num palácio. O que importa é que foi feito por Deus, sua imagem e semelhança. E mais: Seu filho! Você tem um Pai Celestial! E, ao nascer, Ele lhe deu o livre arbítrio e o pensamento criador.
       Se você pensar bem, verá que tem tudo para vencer. As condições básicas de vida, Deus lhe deu. Nasceu no planeta Terra, de natureza exuberante, com ar e água em abundância. Como ser humano que é, tem uma pátria, politicamente organizada, com instituições que o protegem como cidadão. Destarte, você deve ter, mesmo que minimamente, direito à saúde, à justiça e à educação. Não há, pois, razão para se queixar da vida. Você é, sem dúvida, um sortudo! Tudo o mais compete a você conquistar. E você pode!
       A essa altura você poderá perguntar: "Como alcançar o sucesso?". Bem. Primeiramente você deve saber que a vida do ser humano é, em muito, diferente da dos animais. O homem para sobreviver, há que trabalhar. Isso vem desde a origem da nossa espécie: "Comerás o pão com o suor do teu rosto!". Não fuja, portanto, do trabalho. Procure executar sua atividade funcional com zelo e eficiência. Em segundo lugar, saiba que só através do conhecimento o homem consegue evoluir. Estude, pois, sempre!
          O trabalho e o estudo são atividades que o homem não pode deixar de exercer, sob pena de cair na estagnação. O homem que não trabalha e não estuda é um velho. E você quer ser velho? Creio que não! Nesse particular, lembre-se que há jovens velhos e velhos jovens. Estes últimos são sempre jovens, mesmo que centenários. 
            Tendo estas duas realidades em vista, você deverá planejar a sua vida. Projete na sua mente o que você quer alcançar. Em autoajuda chamamos isso de: "Um objetivo principal definido". E quem primeiro usou essa expressão foi Napoleon Hill, em sua obra "A Lei do Triunfo", escrita há mais de meio século. Você deverá ter, pois, uma meta: "Quero ser um engenheiro, um médico, um empresário ou um general". Fixe bem na sua mente aquilo que você quer ser e veja-se como tal. Não perca a imagem! Tudo o que você quer deve ser criado mentalmente e atuar com desejo ardente, sem desvanecimento, executando passo a passo, subindo degrau por degrau. O sucesso duradouro é constituído em terreno firme. Não é um castelo de areia que desmorona facilmente.