sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Seja sensível à beleza

A sensibilidade é uma qualidade que se adquire. Podemos, pois, aprender a ser sensível à beleza de uma música, de um quadro, de um livro ou de uma outra coisa qualquer. E nesse sentido devo lembrá-lo a ser sensível à beleza das pessoas; do ser humano.

Eu, às vezes, sento num banco de shopping e fico embevecido com as pessoas que passam. E penso: meu Deus, será que sou tão caipira ao ponto de ficar parado, extasiado, olhando uma pessoa? Um velho, um jovem ou uma criança? Os caipiras são assim. Ficam encantados com as pessoas. Isso tem uma razão: na roça tem pouca gente. Para eles é comum a vaca, o cavalo, a galinha e o pato; mas gente, não.

Cada um de nós tem propensão a ser mais sensível à determinada coisa. Um se extasia com a sinfonia de Beethoven, outro com um fado ou um tango. Minha mulher, Nileide Espíncola, é sensível às flores. Costuma postar no seu Instagram os meus livros entre flores. Eu já sei ao que sou mais sensível: às pessoas. Gosto de ver as pessoas de raça amarela, branca e negra. Sou apaixonado por gente.

Isso não é de estranhar. Jesus gostava de ser "o filho do homem", mesmo sendo Deus. E mais. Ele era de uma sensibilidade à toda prova. Certa feita, quando caminhava com seus discípulos, parou para ver os lírios do campo. Acho, portanto, que ser sensível à beleza das coisas é um dom divino.

Mas, a maior sensibilidade que devemos ter é com Cristo Jesus. E nunca é tarde para isso. Devemos, destarte, como Santo Agostinho, dizer: "Tarde te amei, Beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Tu estavas dentro de mim e eu te buscava fora. Tu estavas comigo, mas eu não estava contigo". Devemos fazer da casa do Senhor nossa morada e ali admirá-lo. Ele é de beleza ímpar.

Seja sensível à beleza.

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    Minha mulher, Nileide Espíndola, costuma postar no seu Instagram os meus livros com flores.

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