Fuja do avarento

O avarento só pensa em tirar proveito das pessoas. Ele jamais fará algo por você e se, por descuido, o fizer, fica o tempo todo querendo ser recompensado em dobro. Quase sempre é invejoso. Tem olho gordo em cima das suas coisas: da sua casa, do seu carro e até da sua mulher.

Não é bom nem para ele próprio. Acumula fortuna que será usada pelos outros; seus herdeiros. Ele só é bom quando morre. Sim. Todos os seus herdeiros se alegram com a sua morte. Em vida só acumula. Não faz nada por ele próprio. E se não faz nada para ele, como vai fazer para você?

O avarento, quase sempre, é magro. E se for gordo, tenha certeza, come da comida alheia. Nem alimento se dá para não gastar. Está na Bíblia: "Quem nega para si mesmo injustamente, ajunta para os outros, e outro se regalará com os seus bens. Quem é mau para si, para quem é bom?" (Eclesiástico 14:4 e 5).


Eu, durante os meus bons anos de vida, conheci muitos avarentos. Quase sempre são abandonados pela esposa e filhos pela avareza. Vive apagando as luzes da casa para não gastar. Lava o próprio carro mesmo podendo pagar mil lavagens. Na igreja dá o dízimo para mostrar-se pródigo. Vai lá, com a mão fechada e deixa cair a moedinha. Pensa enganar a Deus. Mas Deus vê!

Em São Paulo, cidade grande, quando se encontra um conhecido, numa rua do centro, costuma-se parar para uma conversa. Não é fácil encontrar um conhecido. E, de regra, convida-se para um cafezinho no bar. É uma forma de estender a conversa. Mas o avarento jamais o convidará. Ele espera ser convidado. E, se for, aceita na hora. Claro! Convite é a coisa que ele mais gosta. Eu poderia escrever um livro sobre o avarento, mas vou ficar por aqui.

Fuja do avarento.

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Com a advogada Nileide Espíndola, minha mulher e assessora cultural e o casal Conde Chiquinho Scarpa e sua esposa, Condessa Marlene Scarpa, num evento cultural em São Paulo, Capital.