Mas, muitos outros poderiam ser citados. Grandes empresas americanas têm na presidência pessoas tímidas: homens e mulheres. Gente que veio de baixo e atingiu o topo. Ser introvertido, pois, não é doença, muito menos pecado. É uma característica de personalidade que pode render bons frutos, tanto na vida privada como na social. O tímido, por gostar de viver só, dificilmente anda com más companhias. E, nesse passo, vale o adágio popular: "antes só do que mal acompanhado".
Numa grande empresa havia um chefe de setor, um japonês chamado Manoel, que era introvertido ao extremo. Parecia mudo, já que pouco falava. E quando falava, era baixo. Pois bem. Todos os seus subordinados diziam que ele não ia longe na empresa. Quando muito ficaria a vida inteira chefiando aquele setor. Certo é que o Manoel, surpreendia as pessoas pelo nome; não tinha nome de japonês. Mas surpreendeu muito mais. De pouco em pouco chegou à presidência.
De regra, os introvertidos são sensíveis e gostam do trabalho solitário. Preferem estar confortavelmente na sua própria companhia. Mas, são observadores; tudo veem. E chegam às suas convicções com mais facilidade do que os extrovertidos. Sabem do que são capazes e, pela própria característica, são persistentes. Não desistem dos seus sonhos.
Na verdade o tímido se sente bem na sua timidez. Não quer mudar. Não sente falta da extroversão. Numa solenidade sente-se melhor na plateia do que no palco. E, o mais importante, sente-se feliz. Por fim devo dizer que ser introvertido não é ser medroso. Não é ter medo. Um tenente tímido pode ser herói num campo de batalha.
Não se incomode com timidez.
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