sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Maitê Proensa com mais um livro

 
Fui com Nileide, minha mulher, na livraria cultura, em São Paulo, no lançamento do livro "Todo vícios" de Maitê Proensa. Seu 4º livro. Havia fila para autógrafo. Enquanto esperávamos, de pé, fomos atendidos pelo garçom, que passava com deliciosos petiscos e vinho. Quase não vimos o tempo passar. Logo estávamos entregando-lhe o livro para ser autografado. O autógrafo foi apenas o desenho de um enorme coração, que tomou a página inteira. Ela deu o coração a todos. Achei muito original. Nós, escritores, em geral, temos que ficar esquentando a cabeça, na hora de autografar um livro, procurando palavras bonitas, para impressionar o leitor. Maitê não. Resolve a questão em segundos. Afinal, desenhar um coração não é tão difícil. E nem raciocinar precisa.
       Maitê é assim: diferente. Dinâmica, faz mil coisas. É atriz, dramaturga, apresentadora, comentarista de futebol, colunista, romancista e ainda tem tempo para os amigos. Fala bem o inglês e arranha outros idiomas. Viveu no exterior e aprendeu a se virar sozinha. Mas nem sempre viveu só. Tem uma filha, Maria, advogada, de 24 anos. Maria seguiu a carreira jurídica, talvez, por influência do avô materno: ele era promotor de justiça.
            Entretanto, o que mais me fascina em Maitê Proensa é o seu jeito de reinventar a vida; de superar infortúnios. De dar a volta por cima. Basta dizer que sua vida familiar foi marcada por tragédias. Quando tinha apenas 12 anos de idade, ocorreu a primeira: o assassinato da mãe, pelo pai. A superação de desventura é um traço de personalidade de poucos. Chama-se isso: Resiliência. Uma ciência nova, ligada à psicologia.
              Mas, voltando ao livro, tenho a dizer que é uma história de amor, narrada no cenário paulista e carioca. Tem a ponte aérea como ligação e as mensagens de celular como o principal meio de comunicação. Os personagens falam especialmente pelo SMS. É, pois, um romance moderno, não escapando à Cracolândia, onde, estranhamente, os personagens vão passear e falam dos tempos em que eram consumidores de drogas. 
            A história é simples; do cotidiano. Envolve uma atriz Stella, com um árabe radicado no Brasil, João. Ela mora no Rio e trabalha em São Paulo nos fins de semana, encenando uma peça de teatro. Tem muito a ver com sua vida real. O leitor até imagina ser ela própria. Apenas, com nome trocado.
                O que também me encanta em Maitê, é sua garra. Sua força de vontade. Quando tem uma meta, vai em frente, mesmo quebrando a cara. E, acerca de suas muitas atividades, diz que Leonardo da Vinci, também tinha. Era cientista, escultor, pintor, inventor, conselheiro do rei e cenógrafo. Ela abraça de frente o trabalho. E pontifica: "Quando nos sentimos produtivos, não tem como ficar deprimidos. O entusiasmo é revigorante". Nisso está certa. No meu livro "Como Eliminar Preocupações e Ser Feliz" recomendo o trabalho como uma das formas de terapia. O trabalho é bom. Acaba com a angústia.

"A vida é pequena, mas nela cabe o universo inteiro" - JMG

                 
            

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