quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Pensando na Criança e no Estatuto


 

 Escrevi o livro "Pensando na Criança e no Estatuto", quando exercia o cargo de Promotor de Justiça, Coordenador das Promotorias de Justiça da Infância e da Juventude do Estado do Piauí. Foram 5 anos de grande crescimento nas relações humanas. Notadamente dedicando-me aos meninos e meninas de nosso Piauí e, também, de todo o Brasil, participando de congressos e simpósios.
         Eu havia me apaixonado pela causa. Procurei, com a ajuda dos promotores, criar conselhos tutelares em todo o Estado. E mais: procuramos desenvolver as campanhas: Lugar de Criança é na Escola; Criança Sem Fome e Proibição da Venda de Bebidas Alcoólicas à Criança e ao Adolescente.   
          Não foi só. Atendia, diariamente, no gabinete, muitas mães que queriam o reconhecimento da paternidade de seus filhos. Centenas de casos foram solucionados. Mas, tive alguns dissabores. Quando, com a polícia, fechamos a "Mansão dos Prazeres", localizada em área nobre da capital, onde havia exploração sexual de adolescentes, sofri pressão. Muitos figurões da sociedade frequentavam aquele local e temiam a divulgação dos seus nomes. 
         Ainda, sofri pressão, quando procurei fazer valer a Constituição brasileira, que manda ser gratuitos o registro de nascimento e de óbito. Os cartórios de todo o Estado achavam não poder sobreviver sem os valores correspondentes. Por fim, com infindáveis reuniões, conseguimos fazer valer a lei maior. Felizmente, em todos esses casos, contei com o apoio do Procurador Geral de Justiça.
             Na verdade, o livro "Pensando na Criança e no Estatuto", tem o mérito de despertar no leitor o interesse pela causa dos meninos e meninas. Visa, sobretudo, despertar as pessoas mostrando que a questão das crianças e dos adolescentes tem prioridade absoluta e a defesa dos seus direitos é dever da família, da sociedade e do estado.
             As questões suscitadas no livro, às vezes chocam, como a descrita sobre a menina Maria, de 9 anos de idade, sem registro de nascimento, sem escola, vivendo numa casa de periferia, sem saneamento básico e fazendo as necessidades fisiológicas atrás da moita, com moscas varejeiras a rondar as fezes; a de Joãozinho, passando fome nas férias, por falta da merenda escolar. Ainda, o drama da "Menina Vampiro", que matou a tia e a priminha, a golpe de machado, para beber o sangue.
          São casos reais, retratados no livro, aparentando ficção. Além disso, traz pensamentos e poesias e, por fim, o Estatuto. Vale a pena tê-lo. Mormente quem atua na área da criança.
        Verdade  é que, histórias de criança sempre me sensibilizaram. Recentemente, fui aluno de Abílio Diniz, que se notabilizou como fundador do Grupo Pão de Açúcar, no Curso de Liderança 360 graus, da Escola de Administração de Empresas São Paulo, da FGV. Ele disse, em sala de aula que esteve em Barcelona e, após um jogo, foi visitar Neymar no seu apartamento. Levou seu filho Pedro de 5 anos. E, na conversa, Neymar disse que irá se dedicar à causa da criança. Pretende ter uma fundação.
          O Abílio contou também que seu filho quer que ele faça uma tatuagem no braço com a imagem do marinheiro Popeye, comendo espinafre. Pensei: será que ele vai atender o pedido do filho? Provavelmente sim. Abílio é autor de muitas proezas. Um homem que pensa alto. Tornou o Grupo Pão de Açúcar, uma das maiores redes varejistas de supermercado do mundo. Agora enfrenta outros desafios com a BRF, inclusive com filial nos Emirados Árabes, atuando em diversos países. Tem muito a ver com o marinheiro Popeye. Ambos são heróis. 

PS: Após escrever este artigo tomei conhecimento de que Neymar, ontem, 23 de dezembro, inaugurou no litoral paulista, o Instituto Projeto Neymar Jr., em grande festa. Sucesso Neymar!

DESEJO AOS MEUS LEITORES FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO, COM MUITA PAZ, SAÚDE E PROSPERIDADE.
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