Quando Winston Churchill quis fazer o maior discurso já proferido na Câmara dos Comuns, tudo fez com o maior esmero. Palavras sábias, treinou gestos e tudo o mais. Inclusive, decorou tudo o que havia escrito, palavra por palavra. Foi um desastre. Deu "o branco" e não fosse a compreensão dos seus pares, teria saído dali envergonhado.
Eu quase passei por isso. Preparei uma palestra e a ensaiei como uma peça teatral. Até a roupa para vestir foi escolhida no estilo mais moderno. Porém, sempre que ia ensaiar, usando o microfone que tenho em casa, tropeçava nas palavras. Aquele meu desejo de abafar, de levar a plateia ao delírio e ser aplaudido freneticamente, mexeu com os meus nervos.
Mas, durante à noite tive um sonho. Vi um burrinho no alto de um prédio. Parecia olhar para mim e abanar as orelhas. O sonho se repetiu na noite seguinte. Era um aviso: "Seja humilde como o burrinho e agradável à sua plateia. Ela que é importante, não você". Discuti a questão com minha mulher e abandonei os ensaios. Ofereci a palestra ao Divino Espírito Santo para dar-me sabedoria, iluminar meus pensamentos e colocar as palavras na minha boca. A palestra foi um sucesso.
Se eu tivesse, arrogantemente, persistido na intenção de ser o maior, teria sido um fracasso. Entregue sua vida ao Criador. Ele sabe mais do que você, o que fazer, para que sua vida seja boa, feliz e venturosa. Tenha fé, ainda que seja do tamanho de um grão de mostarda. E mais: "Cuide das coisas do Senhor e tudo o mais lhe será acrescentado".
Não queira ser o maior.
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É preferível ser um burrinho, que é útil e querido, do que ser um leão, que é devorador e temido.
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