Você já deve ter visto um inseto salteador verde, uma "esperança", no jardim da sua casa; no parque ou andando no campo. Tive, a ventura de ter vivido minha infância no campo, na fazenda. Fui um menino da roça, caipira. Quando víamos uma esperança parávamos para admirá-la. Como era bom, ver uma esperança!
Vivi num rincão nordestino até os cinco anos de idade. Foi nessa época que vi o primeiro automóvel. Para mim era um bicho horrível. Com grandes olhos de fogo, durante à noite. Eu não conhecia automóvel, mas, conhecia esperança, o inseto salteador verde, que me deixava encantado. Na vida é assim, não podemos conhecer tudo. Quem é mais caipira: o menino da fazenda ou o da cidade?
Certo é que nós, os meninos da roça, matávamos insetos, cobras e sapos; até passarinho, usando estilingue, mas esperança, nunca. A esperança era protegida. E, em casa, ouvíamos dizer que "a esperança nunca pode morrer. Se sua esperança morrer, você está acabado". E, talvez, por isso não matávamos a esperança, o lindo inseto verde salteador.
Mas você poderá querer saber aonde eu quero chegar. Bem. Quero com isso dizer que o sentimento que chamamos esperança é uma coisa sagrada, assim como o inseto salteador verde. É motivação para a vida. Por isso você deve conservar. Além disso, deve incentivar as pessoas a manter seus sonhos. A vida só merece ser vivida quando temos um sonho, quando temos esperança.
Não perca a esperança.
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