quarta-feira, 4 de maio de 2016

As conquistas da mulher

Houve um tempo em que as mulheres exerciam o domínio na sociedade: era o matriarcado. Depois os homens com muito custo passaram a dominar e as mulheres ficaram submissas. E isso gerou o complexo masculino de não suportar ser mandado por mulher.

É importante lembrar que não faz muito tempo, lugar de mulher era no tanque lavando roupa. Mulher não dirigia e não votava. Quando me formei em Direito, em 1971, não havia uma juíza sequer na justiça de São Paulo. O ingresso na magistratura era privilégio dos homens. Hoje há um grande número de mulheres na magistratura paulista e a capital já foi governada por mulheres. Conheci no Piauí, meu Estado natal, a primeira mulher que dirigiu automóvel: Genú de Moraes. Foi um escândalo. Os homens diziam: "Que absurdo! Se a moda pega, vamos parar na cozinha!".

Na verdade a mulher é o sexo forte. E Deus fez assim. Ela que enfrenta as dores do parto para desenvolver a criação. Ela que coloca os homens no mundo, com sua coragem de ser mãe. E a ela deve-se, com razão, estender-se outros poderes, inclusive o de ser presidente da República. E nesse passo vamos falar de Brasil.

Temos a primeira presidente da história: Dilma Rousseff. Uma mulher aguerrida. Faz lembrar outras tantas mulheres que lutaram pela independência da mulher e do seu povo, e hoje sofre um impeachment. Joana D'arc também agiu assim. Quis libertar o povo francês e foi levada à fogueira pela Inquisição. Hoje é santa. Foi santificada pelo Papa. Quem quiser entender que entenda. Acho, destarte, que os senadores devem agir com prudência para não cometer injustiça.

Já que no Brasil temos um Judiciário forte e independente e um Ministério Público atento aos interesses da coletividade, deveria ser deixado a cargo dessas instituições o cumprimento da lei, da ordem e da justiça.

Nem se diga que os congressistas estão ouvindo o clamor do povo. Não se deve impressionar pelo número de pessoas que vão às ruas. As pessoas simples, que recebem os benefícios sociais: a casa própria e o bolsa família, que é a grande maioria, não vão às ruas. Ficam nas TVs, em suas humildes residências, nos seus barracos, vendo "o grande espetáculo" e pedindo a Deus que não lhes tirem o pouco que lhes resta: o arroz com feijão no prato e a merenda escolar dos filhos. E esse povo vota, certamente, na Dilma.

Diante de tudo isso, devo concluir dizendo: se a Dilma pecou, outros presidentes também pecaram; cometeram erros. Errar é humano. E ela por tudo o que fez no seu governo, pelo povo, merece perdão. Deixá-la concluir o seu mandato seria o mais certo. Mas o que vemos é uma disputa de cargos para um novo governo. Que Deus ilumine essa grande nação. Afinal Ele também é brasileiro. E que os homens respeitem as conquistas da mulher.

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Minha homenagem a todas as mulheres que lutam por um lugar ao Sol. Especialmente as mães.



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